terça-feira, 24 de abril de 2012

Tristeza aleatória e sem sentido: A vida não vem com gabarito

É a junção de todos os pedaços que me faltam que me fazem cair, chorar, tremer e as vezes sorrir desconexamente. Estampo em meu rosto um ser forte e feliz para que apenas aqueles que de fato se importem comigo saibam dos meus pontos fracos. 
De fato, é de uma enorme estranheza sentir-se mal, triste por motivo algum.
Motivo totalmente inexistente, razão universalmente desconhecida e desprovida de vida e cor.
Tento, por mais sutil que seja, estar com um sorriso no rosto as 24h do dia. Mas não consigo. Não sou de pedra, de concreto e aço.
Musicas e sons me embalam e eu fico assim, lastimável. Com os olhos manchados, nariz escorrendo, imaginação voando livre dentro de uma gaiola de solidão e pesares. Nada realmente é como deveria ser, como gostaríamos que fosse. Se isso ocorresse seríamos todos felizes, mas, não é permitido que sejamos assim. Não é liberado ao coração estar bem consigo próprio, até porque estaríamos todos -sempre- sorrindo com aquela face de criança que possui todos os brinquedos que quer. Talvez tivéssemos náuseas só de avistar-nos assim todo o tempo, de sentir sempre uma felicidade estrema quase que forçada.
Estranho mesmo é o fato de sermos todos incompreendidos e descartáveis uns aos outros. Não que seja verdade. No entanto, não é mentira.
Confesso que é mais cômodo sentir essa dor, esse sofrimento sem precedentes... principalmente quando a culpa é de nós mesmos, é resultado de algo que inconscientemente plantamos em algum momento na vida. É mais fácil chorar e admitir o próprio erro que consertar e deixar claro os reais motivo de tantos prantos. É mais fácil, mais doloroso, mas não a melhor saída.
Se já é difícil travar uma batalha, uma luta interior com os próprios sentimentos, imagine só quando esperamos de outros, de terceiros uma resposta, um gesto, um indício direto e concreto de que tudo que "existe", em breve sigilo, é real e possa vir a criar um futuro... AHHHH... Questões, questões, questões sem respostas. Eu enlouqueço a cada vez que penso nisso. Eu não quero a culpa que não é minha.
Não sei o motivo, mas toda vez que algo dá errado ou me deixa cambaleando de dúvidas e tristeza sinto a necessidade de ver -de ter ao meu lado- aquele que deveria estar aqui sempre, aquele que não vejo há algum tempo, aquele que -de fato- nunca me ajudou nisso, mas, a presença me fazia mais forte, fazia-se de apoio para mim. Sinto falta de estar com ele. Desde que foi embora me sinto mais frágil, mais só. E pior é saber que de todos aqui, eu sou a única que tem isso no peito... e choro. Choro como uma criança sem seu pai - como é o caso. 
E é a presença de outros que me causam um bem tão grande, que me faz esquecer um pouco desse pedaço que me falta.

É tudo tão complicado em sua imensa simplicidade que eu começo a entender o universo em si...



terça-feira, 10 de abril de 2012

Reler os fatos me faz pensar que foi tudo boato. "Mais uma do museu!"

Infelizmente, me sinto como ele em A Via Láctea.
Triste, querendo apenas um espaço para mim mesma, um pouco de solidão.

Triste mesmo é ver que existem pessoas que pensam em mim e eu aqui, sem muita vontade de viver.
Presa em casa, presa na cama, com os olhos vazando não somente lágrimas, mas vida.
E como o próprio cita, "só me deixa aqui quieto, isso passa."
"Eu nem sei porque me sinto assim, vem de repente um anjo triste perto de mim."
"Não me dê atenção, mas, obrigada por pensar em mim."

Não me diga isso, mas obrigada por pensar em mim.

Como se fosse muito, eu me abandono, eu me esqueço, me angustio só e choro em vão... deve ser isso mesmo, um anjo triste perto de mim. Não vou dizer que não gosto disso, até que é bom. Pensar é bom!

Vou chorar, vou andar, esquecer e relembrar quem eu sou. Pois minha essência não perderei. Não hoje, não agora. Não nessa vida.

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Obrigada pela inspiração. Mas, minha vida é só minha e quero escreve-la de uma forma original. Pois como já disse, "...eu escrevo na primeira pessoa, é o que eu sinto, o que vejo e o que quero. Não estou dizendo que façam isso, só escutem."

É muito bom... muito bom!
Não sei o motivo, mas, adoro sentir isso que sinto cada vez que leio algo que escrevi há tempos e vejo a displicência de minhas palavras, de meus atos e sentimentos.
Eu rio com a situação que eu mesma criei.
Hoje, se leio algum post que escrevi há 3 ou 4 meses não sei, não lembro como pude sentir aquilo. Como pude pensar que era verdadeiro o sentimento por um e o desprezo e pena que tinha por outro.
Ha ha ha... adolescente é osso!
Eu acabo me achando boba e desprezível por algumas coisas que escrevo aqui. O pior é que se eu escrevi é porque senti antes. Eu tive e mantive isso no meu coração e transcrevi aqui porque já transbordava de mim, me possuía.

Já perdi tanto tempo escrevendo sobre coisas que imaginei, que sonhava, que pensava ser real. Sobre o rapaz do bus, os "Lucas's da minha vida" ... ha ha ha, chega a ser trágico imaginar que toda essa escória brotou inicialmente da minha imaginação e residiu em meu coração.

Vou reformular minhas palavras. Não considero isso tudo uma perca de tempo. Prefiro encarar como uma distração à minha realidade. Um pouco de alienação para minha mente já cansada de muitos fatos que me constrangem e me causam um certo repúdio [fatos nacionais].

Enfim, todos os caminhos, as estradas pelas quais passei até hoje me farão chegar onde espero. Onde a água é realmente fresca, onde existe um amor real, canções, sorrisos verdadeiros, nossa felicidade...
Todos necessitam ter uma linha direcional para adentrar o futuro. Essa é a minha linha! Escrever o que me habita a mente momentaneamente. Até porque, consta no meu plano ler isso tudo um dia (daqui anos) e rir! Rir muito com meus devaneios adolescentes e minha, brevemente, antiga linha de pensamento.

Mas, voltando ao inicialmente citado... como pude escrever tamanhas besteiras?
Se já me "arrependo" agora, com tão pouco tempo passado desde as escritas, imaginem então quando eu tiver meus trinta anos... ha ha ha. Que lástima! Doce lástima!
Dia 13 de outubro de 2011.