Anjos esses que me olham com pena, com temor e displicência.
Peço-lhes para que não me vejas assim, não preciso, não mereço.
Vejam-me como uma de vocês entre eles, tentando fazer da vida terrestre uma história de querer e mal-querer, de venturas e desventuras, de amores não obtidos e carinhos descartáveis.
Aos anjos, àqueles que cuidam da memória emocional e coincidências divinas, as escritas que tenho a dividir. Aquelas que meu coração, mente e memória não conseguem guardar só para si."
Nosso frio Carpe Diem.
Quando surge o frio cessam-se os abraços,
As carícias miúdas, miúdas vidas.
Quando surge o frio, fica o vazio amasiado,
As nuvens do céu nublado, a vontade de chorar.
Quando o frio surge, surge junto a saudade,
A tal infelicidade e a solidão de vermelho em preto.
Quando surge o frio, vem consigo o desrespeito,
A dor mais forte no peito, a ânsia de expressar-se com escritas
As histórias mais tristes já vividas.
Quando surge o frio, surge mais quente que antes a alma,
A pressa de correr em disparada,
O Carpe Diem que nos mantém aceso
E o mais forte e puro dos venenos...
A coragem de viver! Monique!
09-09-10